Sobre

A OBRA (CANTIGAS DE VALOR)

É inútil construir um belo telhado se abaixo dele não levantarmos uma parede firme e bem alicerçada. Do mesmo modo, pensar o futuro – necessidade social que nos move desde o mais arcaico ontem – implica em considerar que tipo de estrutura sustentará nosso amanhã.

Cotidianamente, enquanto família, escola e sociedade, somos surpreendidos por nossas próprias indagações: como filtrar o que transmitimos de uma geração à outra? Como resgatar valores capazes de aprimorar a essência do indivíduo? Toda e qualquer cultura deve ser realmente imortalizada? O que, de fato, é importante?

Fazer uma educação que molde corpo, alma e espírito é muito mais do que ter ideias ou fazer discursos. É ser a própria resposta, contagiar outros a partir da própria iniciativa, alçar voo mais alto, assumir riscos, saber pôr-se no lugar do outro… É amar pessoas, acima de tudo.

Entretanto, ao longo dos séculos, o universo folclórico das lendas, contos infantis e cantigas de roda tem camuflado em meio ao “lúdico” uma sutil inversão de valores, a ponto de uma certa “Teresinha de Jesus” desprezar sua família e se entregar a “um qualquer”, lamentando, em seguida, a frustração e o “sangue derramado” em seu coração. E ainda, as declarações impiedosas de que “a cuca” e o “boi da cara preta” vão pegar o menino se ele não dormir depressa, como se o medo fosse um sonífero.

Em meio a essa antítese histórico-cultural surge a COLEÇÃO CANTIGAS DE VALOR. Mais que um recurso didático, um convite à restauração! Mais que um “produto” educativo, uma semente do bem! Literatura, música, folclore, inclusão, diversidade, cidadania e amor… Muito amor!

É chegado um novo tempo! Tempo de despertar, encorajar, incentivar. Tempo de revelar ao “pobre, pobre, pobre” que ele ainda pode tornar-se “rico, rico, rico” e, mesmo assim, não ser
escravo do dinheiro. Tempo de “desvirar a canoa” dos que se afogaram no pessimismo e irresponsavelmente ainda tiveram a audácia de transferir sua culpa.

A educação só será transformada positivamente quando nós, que a fazemos, nos dispusermos a passar por uma profunda e individual mudança de mente – metanóia.

Esta obra que, talvez digam alguns poucos, aparentemente remete-nos a um falso moralismo ou à demagogia do “politicamente correto” vem para quebrar paradigmas geracionais, romper barreiras, exatamente por nascer da consciência de que só colhe algo bom quem planta algo bom.

Portanto, educadores, pais, crianças, enchamos de ar os nossos pulmões e celebremos a Vida dentro e fora da sala de aula; dentro e fora de nós mesmos!

Que a motivação que gerou este best seller nos leve a ser como um grande coral! Harmonia, ritmo, pureza e alegria numa só voz, compartilhando a essência das nossas inesquecíveis CANTIGAS DE VALOR!

Isaque Folha